Nós, circenses de diferentes cidades do Rio Grande do Sul, nos reunimos no município de Santa Cruz do Sul, no Rio Grande do Sul, durante o I Encontro Estadual das Artes Circenses, idealizado e realizado visando o intercâmbio de experiências artísticas; a i...ntegração da cena circense no RS; e, a articulação de demandas de fomento à produção artística, bem como a democratização e descentralização da arte circense enquanto manifestação cultural. Após debatermos amplamente as principais questões pertinentes a cena circense atual no estado em redes virtuais, e finalizando a discussão coletivamente entre os participantes do encontro, nos dirigimos à Secretaria Estadual da Cultura do Estado do Rio Grande do Sul, manifestando nossas considerações e reivindicações, no intuito de apresentar a SEDAC/RS demandas prioritárias e nortear as discussões do Plano Estadual de Circo a ser elaborado pela Setorial de Circo constituído na mesma oportunidade.
Considerando que:
* Historicamente, a organização social e estatal tem subvalorizado a cultura, em detrimento ao imediatismo de questões relacionadas à educação e saúde. Neste sentido, a relevância artística, cultural e social do circo não têm sido reconhecida pelo poder público, estando marginalizado frente a outras manifestações artísticas como a dança, o teatro e artes visuais.
* Além disso, os registros históricos do circo são frequentemente remetidos aos estados do Rio de Janeiro e São Paulo, desarticulando e fragmentando as produções descentralizadas, que são características do fazer circense por seu caráter itinerante. Com isso, a cena circense no RS carece de pesquisa e registro, tanto para reconhecimento frente a história nacional, quanto para resgate da sua própria memória.
* A arte circense atual possui uma produção diversificada que remete ao circo tradicional e à incorporação de elementos atuais, rompendo dicotomias entre tradicional e contemporâneo e seguindo o princípio de renovação estética que é característico do fazer circense.
* E é como um coletivo de artistas, produtores e gestores do circo que reivindicamos uma sensível transformação desse histórico, utilizando-se deste olhar do estado e reconhecendo a abertura deste diálogo. Neste novo cenário, nos manifestamos:
Reivindicando como demandas prioritárias:
* Fomento e estímulo à produção cultural para criação e renovação de espetáculos; para circulação de espetáculos e oficinas pela capital e interior do estado; para intercâmbio de artistas e companhias; para manutenção de companhias e núcleos de arte circense.
* Fomento e estímulos ao desenvolvimento de pesquisas com circo e mapeamento das atividades circenses no estado.
* Além da efetivação destas demandas prioritárias a curto prazo, recomendamos que sejam inseridas no Plano Estadual.
Propomos ainda, diretrizes a serem debatidas e consolidadas pela Setorial de Circo:
* Viabilização de projetos de oficinas de arte circense na rede de ensino pública estadual e municipal, a partir de convênio.
* Financiamento público de iniciativas de Circo Social, buscando um projeto pedagógico em parceria com a Secretaria Estadual de Educação resgatando a relação entre Educação e Cultura.
* Mecanismos que viabilizem a adoção de medidas de segurança no fazer circense.
* Normatização, regularização e consequente fiscalização da presença de animais nos espetáculos de circo.
* Debate sobre a questão trabalhista, com vistas a garantir a seguridade social ao artista circense.
* Fomento à criação de espaços estruturados para o fazer circense e descentralizados pelo interior do RS.
* Consolidação de um Centro de Referência de Circo no estado.
É o que pensamos, sentimos e manifestamos sobre o fazer circense e sua relevância artística, cultural e social.
Santa Cruz do Sul, 08 e 09 de julho de 2011.
Tem sugestões para melhorar esse documento?
Entre em contato pelo e-mail: carta.encontrocircors@gmail.com e participe do I Encontro Estadual de Arte Circense do RS. Ver mais
Considerando que:
* Historicamente, a organização social e estatal tem subvalorizado a cultura, em detrimento ao imediatismo de questões relacionadas à educação e saúde. Neste sentido, a relevância artística, cultural e social do circo não têm sido reconhecida pelo poder público, estando marginalizado frente a outras manifestações artísticas como a dança, o teatro e artes visuais.
* Além disso, os registros históricos do circo são frequentemente remetidos aos estados do Rio de Janeiro e São Paulo, desarticulando e fragmentando as produções descentralizadas, que são características do fazer circense por seu caráter itinerante. Com isso, a cena circense no RS carece de pesquisa e registro, tanto para reconhecimento frente a história nacional, quanto para resgate da sua própria memória.
* A arte circense atual possui uma produção diversificada que remete ao circo tradicional e à incorporação de elementos atuais, rompendo dicotomias entre tradicional e contemporâneo e seguindo o princípio de renovação estética que é característico do fazer circense.
* E é como um coletivo de artistas, produtores e gestores do circo que reivindicamos uma sensível transformação desse histórico, utilizando-se deste olhar do estado e reconhecendo a abertura deste diálogo. Neste novo cenário, nos manifestamos:
Reivindicando como demandas prioritárias:
* Fomento e estímulo à produção cultural para criação e renovação de espetáculos; para circulação de espetáculos e oficinas pela capital e interior do estado; para intercâmbio de artistas e companhias; para manutenção de companhias e núcleos de arte circense.
* Fomento e estímulos ao desenvolvimento de pesquisas com circo e mapeamento das atividades circenses no estado.
* Além da efetivação destas demandas prioritárias a curto prazo, recomendamos que sejam inseridas no Plano Estadual.
Propomos ainda, diretrizes a serem debatidas e consolidadas pela Setorial de Circo:
* Viabilização de projetos de oficinas de arte circense na rede de ensino pública estadual e municipal, a partir de convênio.
* Financiamento público de iniciativas de Circo Social, buscando um projeto pedagógico em parceria com a Secretaria Estadual de Educação resgatando a relação entre Educação e Cultura.
* Mecanismos que viabilizem a adoção de medidas de segurança no fazer circense.
* Normatização, regularização e consequente fiscalização da presença de animais nos espetáculos de circo.
* Debate sobre a questão trabalhista, com vistas a garantir a seguridade social ao artista circense.
* Fomento à criação de espaços estruturados para o fazer circense e descentralizados pelo interior do RS.
* Consolidação de um Centro de Referência de Circo no estado.
É o que pensamos, sentimos e manifestamos sobre o fazer circense e sua relevância artística, cultural e social.
Santa Cruz do Sul, 08 e 09 de julho de 2011.
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